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Acordo garante prioridade de emprego e qualificação para mulheres vítimas de violência doméstica

Iniciativa representa chance de transformar trajetórias e fortalecer a independência feminina

Por: Redação PatosJá

Fonte: NTV - Lorena Teixeira

Publicado em: 18:32 19-12-2025

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Iniciativa representa chance de transformar trajetórias e fortalecer a independência feminina

A desigualdade estrutural ainda marca a trajetória profissional de milhões de mulheres no Brasil. Barreiras invisíveis dificultam promoções, limitam o acesso a cargos de liderança e mantêm a diferença salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função.

Quando a violência entra nesta equação, infelizmente os impactos são mais profundos: muitas mulheres têm a rotina interrompida, perdem o emprego ou abandonam estudos, o que acaba comprometendo a autonomia financeira e perpetua o ciclo de dependência.

“Vivemos em um estado complicado, nós temos a estatística de que uma em cada três mulheres já sofreu algum tipo de violência no mundo. Só no primeiro semestre deste ano, tivemos quase 800 feminicídios”, disse a escritora e mentora de carreira, Renata Seldin.  

Romper ciclos 

Diante desta realidade, o Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério das Mulheres firmaram um Acordo de Cooperação Técnica que garante prioridade no acesso a vagas de emprego e programas de qualificação profissional para mulheres vítimas de violência.

A iniciativa busca oferecer mais do que uma oportunidade de trabalho: propõe um recomeço, com renda, segurança e dignidade. Ao facilitar o acesso ao mercado e à capacitação, a política pública atua na raiz da desigualdade, promovendo autonomia. 

“O acordo é importante porque uma das causas da mulher permanecer no ambiente de violência doméstica é a dificuldade dela se sustentar. Muitas vezes, elas têm dependência financeira do seu parceiro e agressor”, destacou a profissional. 

A ação também visa romper ciclos históricos e reduzir as desigualdades estruturais que ainda persistem. Mais do que números, as medidas representam a chance de transformar trajetórias, fortalecer a independência feminina e construir um mercado mais justo.
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