Primeiro júri de 2025: Acusado de homicídio e ocultação de cadáver é condenado
O crime aconteceu em 2020, em São Gonçalo do Abaeté

Nesta terça-feira (21) aconteceu o primeiro júri de 2025. Walisson Leandro Carvalho Teodoro Filho foi condenado pelo assassinato de Humberto Alencar da Silva, ocorrido em maio de 2020, na zona rural de São Gonçalo do Abaeté. O réu estava em liberdade e participou do julgamento por videoconferência.
Walisson foi levado ao Tribunal do Júri e condenado a 15 anos e 2 meses, no total; 14 anos pelo homicídio qualificado por motivo torpe e mais um ano e dois meses pela ocultação de cadáver. Após a sentença, a prisão foi decretada.
Relembre o caso:
De acordo com a denúncia do Ministério Público, em maio de 2020, Walisson, a companheira e os filhos foram até um estabelecimento comercial próximo ao Rio Abaeté buscando informações de onde morava Humberto Alencar da Silva. O comerciante contou que sabia que ele morava em uma fazenda e informou que um conhecido sabia o local exato. Os familiares foram até este conhecido, que informou não saber quem eles estavam procurando.
Dois dias depois, a família retornou e questionou ao morador sobre Humberto, e ele reforçou que não o conhecia. Depois da mulher dar características físicas de Humberto e dizer que ele andava com um homem que vendia abacaxis, o morador conseguiu identificar quem seria o homem e contou onde ele morava.
No dia 16/05/2020, um vídeo foi feito durante uma confraternização em uma fazenda em que Humberto trabalhava e morava. No vídeo aparecem Humberto, Walisson e sua companheira, além de uma quarta pessoa não identificada. Mais tarde, eles foram vistos as margens de uma estrada, onde a vítima realizava uma ligação para seu irmão.
Após a data da festa, Humberto foi trabalhar em uma fazenda vizinha e foi liberado para voltar para casa e descansar porque apresentava sinais de ressaca. A situação aconteceu novamente quando Humberto voltou para trabalhar e ele disse que estava com visitas em casa.
Segundo as investigações, o denunciado e a vítima estiveram juntos do dia 16/05/2020 até o dia 23/05/2020. Entre as datas, o réu levou uma porção de maconha para consumir com a vítima. As apurações apontaram que, provavelmente no dia 23/05/2020, Walisson levou crack para a residência. Após a vítima fazer o consumo, iniciou uma discussão. O réu ficou nervoso pelo fato do crack ter sumido e afirmou que a vítima havia furtado.
Em seguida, Walisson chamou a família e foi embora para Três Marias. Quando chegou na residência, ligou para um homem conhecido como “Braço”, pedindo para ele ajudar a resolver uma questão e afirmando que “alguém havia furtado o seu ouro e precisava de ajuda, pois iria ensinar ele a furtar coisas dos outros”. Depois disso, Walisson saiu e retornou tarde da noite com o carro sujo de cal e com uma machadinha e uma bermuda de Humberto no porta-malas. A companheira do réu não deixou que ele levasse o carro.
Segundo as investigações, Walisson e um indivíduo não identificado, teriam batido muito na vítima até que conseguissem matá-la. O réu teria desferido golpes de machadinha na cabeça de Humberto. Após o crime, o denunciado e o comparsa foram até a fazenda de um familiar e enterraram o corpo. Eles utilizaram cal para evitar que exalasse forte odor e para acelerar a decomposição. O corpo nunca foi encontrado.