Falcão critica Zema sobre privatização da Copasa e fala de possível candidatura ao Governo de Minas

O prefeito de Patos de Minas, Luís Eduardo Falcão respondeu questionamentos durante uma coletiva de imprensa na sede da administração municipal, nesta sexta-feira (12). O político falou sobre a possível candidatura ao Governo de Minas e criticou a privatização da Copasa.

Questionado sobre ter falado que o governador Romeu Zema teria ignorado os municípios em relação à privatização da Copasa, Falcão, também presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), afirmou que o governador faltou ter mais diálogo com as prefeituras.

“Não cabe à AMM ou aos municípios interferir neste processo [privatização] porque é um direito do Governo propor. O que nós estamos cobrando é que a prerrogativa dos municípios seja respeitada”, rebateu o prefeito.

Falcão explicou que, como são os municípios que contratam os serviços de água e esgoto, os prefeitos precisam estar cientes de qual cenário esperar. Segundo o político, ainda não há informações sobre quais municípios são superavitários ou se a tarifa deve aumentar.

“Eu é quem sou cobrado se tiver buraco na rua, eu é quem sou cobrado se algum bairro falta água, não é o governador. Então, acho que faltou uma melhor condução desse processo que foi feito de forma apressada”, disse o presidente da AMM.

Direcionado aos municípios, o político alertou que os prefeitos não são obrigados a assinar contrato caso a Copasa seja privatizada. O conselho foi claro: os chefes municipais devem ler os contratos e não tomar decisões precipitadas para poderem fazer renegociações.

“Patos tem o direito de dizer que aceita a nova empresa, caso a privatização avance, mas vai poder discutir um monte de situações do contrato. Ainda vai ser discutido se temos que pagar indenização à Copasa ou não, existem várias interpretações”, contou Falcão. 

Luís Eduardo Falcão afirmou que estão sendo alinhadas questões em Belo Horizonte, Brasília e São Paulo, para uma possível candidatura ao Governo de Minas em 2026. Segundo ele, o desenho partidário é um jogo pesado e tudo ficará mais claro em fevereiro do próximo ano.

“É algo que não depende unicamente da minha pessoa e dos prefeitos que estão com esse desejo”, esquivou-se o político.