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Desafios: entenda os impactos psicológicos da violência doméstica contra as mulheres

Cenário se agrava entre mulheres fora do mercado de trabalho e sem rede de apoio 

Por: Redação PatosJá

Fonte: NTV - Lorena Teixeira

Publicado em: 16:02 12-12-2025

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Cenário se agrava entre mulheres fora do mercado de trabalho e sem rede de apoio 

A violência que começa dentro de casa, muitas vezes longe dos olhos de familiares e amigos, deixa marcas que ultrapassam o corpo. É muito comum que mulheres, vítimas de violência doméstica, relatem traumas psicológicos e mudanças significativas na rotina.

Atividades como dormir, se alimentar, sair de casa ou manter a concentração passam a ser um desafio. O trabalho e os estudos também são comprometidos. Segundo a advogada Kátia Andrade, as vítimas se tornam vulneráveis e receosas para projetar novos caminhos.
 
“Em alguns casos, a depender do tipo de violência, ela vai optar por um isolamento social. Então, temos que entender que a violência doméstica familiar, resultado do machismo estrutural, também pode causar impactos estruturais na vítima”, explicou a bacharel. 

Luta

Kátia disse que o cenário se agrava entre mulheres que estão fora do mercado de trabalho. Pesquisas mostram que, neste caso, há o triplo de chances da vítima sofrer violência, seja por dependência financeira, isolamento ou dificuldade de acesso a redes de apoio.

“Quando falamos em emprego e renda, não estamos falando somente da sobrevivência, do básico ou da subsistência dela. Nós estamos falando do direito dela decidir sobre a própria vida, de não depender do agressor, de encerrar o ciclo de violência”, relatou Kátia. 

Reconhecer os sinais, buscar ajuda e fortalecer os mecanismos de proteção pode salvar vidas e devolver dignidade a milhares de mulheres que ainda lutam para se libertar de uma realidade marcada pelo medo. As denúncias podem ser realizadas por meio do 180. 

“Os homens têm que assumir o papel de responsabilidade no enfrentamento contra a violência doméstica. Nós somos as protagonistas do enfrentamento, mas eles também precisam entender que possuem responsabilidade nesta história”, concluiu.
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