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Audiência pública na ALMG emociona pacientes e reforça cobrança da deputada Lud Falcão por protocolo estadual de tratamento da Urticária Crônica Espontânea

Lud Falcão, que tem atuado na defesa das pautas de saúde com foco na dignidade dos pacientes, afirmou que Minas Gerais precisa assumir a responsabilidade de garantir atendimento adequado

Por: Redação PatosJá

Fonte: Flávio Sousa

Publicado em: 14:18 26-11-2025

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Lud Falcão, que tem atuado na defesa das pautas de saúde com foco na dignidade dos pacientes, afirmou que Minas Gerais precisa assumir a responsabilidade de garantir atendimento adequado
A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) debateu nesta terça-feira (25) a situação dos pacientes com Urticária Crônica Espontânea (UCE), durante audiência pública solicitada e conduzida pela deputada Lud Falcão (Podemos). O encontro expôs o sofrimento diário de quem convive com a doença, a falta de diagnóstico adequado e a ausência de um fluxo clínico no SUS — um cenário que emocionou a parlamentar ao ouvir relatos de pessoas que lutam há anos para ter acesso a um tratamento eficaz.

Lud Falcão, que tem atuado na defesa das pautas de saúde com foco na dignidade dos pacientes, afirmou que Minas Gerais precisa assumir a responsabilidade de garantir atendimento adequado à população que convive com a UCE. Fortemente sensibilizada pelo depoimento da jovem dentista Ana Caroline Ferreira e outros pacientes, a deputada destacou que o Estado não pode continuar ignorando uma doença incapacitante que afeta a vida social, profissional e emocional de milhares de mineiros.

“É impossível ouvir esses relatos e continuar inerte. Estamos falando de pessoas que passam meses sem dormir, sem trabalhar e sem viver plenamente porque não têm acesso ao tratamento que já existe e funciona. Essa realidade precisa mudar”, afirmou a deputada, emocionada durante a reunião.

A audiência reuniu médicos, especialistas, pacientes, representantes da Defensoria Pública e da Secretaria de Estado de Saúde. Entre eles, ganhou destaque a participação da médica alergista Elisângela Aparecida Galdino Menezes, que é de Patos de Minas e se tornou uma referência no diagnóstico e tratamento da UCE em Minas Gerais. Em sua apresentação, Elisângela reforçou que a falta de um protocolo clínico estadual leva à judicialização em massa, à descontinuidade da terapia e ao desperdício de recursos públicos.

Atualmente, 602 pacientes recebem o medicamento omalizumabe por decisão judicial no estado. Segundo a alergista, essa dinâmica fragmentada eleva drasticamente os custos da Secretaria de Estado de Saúde. Enquanto cada paciente custa hoje mais de R$ 53 mil por ano ao SUS mineiro, a criação de um protocolo estadual reduziria esse valor para cerca de R$ 14 mil, além de ampliar o acesso e trazer segurança aos pacientes.

“Elaborar um fluxo assistencial claro, capacitar profissionais e negociar preços são medidas urgentes. Sem isso, seguimos tratando a UCE com remédios ultrapassados, que não resolvem e ainda fazem mal”, afirmou Elisângela, que alertou ainda para o impacto social da doença e sua gravidade. “Pessoas deixam de trabalhar e de estudar porque não recebem a terapia adequada.”

A deputada Lud Falcão ressaltou que os dados apresentados pela médica reforçam a necessidade de uma política pública responsável e eficiente. Ao final da reunião, a parlamentar apresentou uma nota técnica que será encaminhada à Secretaria de Estado de Saúde para subsidiar a criação de um protocolo clínico estadual. Ela também anunciou que irá protocolar um projeto de lei para instituir oficialmente o fluxo de diagnóstico e tratamento da UCE no SUS mineiro.
“Não é apenas uma pauta de saúde, é uma pauta de humanidade. Vamos lutar até que o Estado reconheça esses pacientes e ofereça o que eles têm direito: qualidade de vida”, afirmou Lud.

A audiência marcou um passo importante no debate sobre o tema em Minas Gerais e consolidou o protagonismo da deputada na defesa de políticas públicas voltadas para doenças raras e negligenciadas.

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