Consumo de arroz e feijão cai em Minas Gerais, enquanto alimentos ultraprocessados ganham espaço
Pesquisa do IBGE revela queda de 35,2% no consumo de arroz e feijão entre 2008 e 2018

O tradicional arroz com feijão, base da alimentação brasileira, tem perdido espaço no prato dos mineiros. Dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que, entre 2008 e 2018, o consumo per capita desses alimentos em Minas Gerais caiu de 47,01 kg para 30,76 kg por ano, uma redução de 35,2%.
Em contrapartida, o consumo de alimentos industrializados e ultraprocessados aumentou no mesmo período.
Especialistas alertam que essa mudança nos hábitos alimentares pode ter implicações negativas para a saúde da população. O aumento no consumo de ultraprocessados está associado a riscos maiores de obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e outras doenças crônicas não transmissíveis. A praticidade e o custo mais acessíveis dos alimentos ultraprocessados são fatores que contribuem para essa tendência.
Apesar dessa tendência estadual, em cidades como Patos de Minas, o arroz com feijão ainda mantém presença significativa na mesa dos moradores, especialmente entre aqueles que priorizam uma alimentação mais saudável.
A adoção de hábitos alimentares saudáveis é fundamental para a prevenção de doenças e para a promoção da qualidade de vida.