Delegacia de Vigilância Geral mantém investigações sobre envenenamentos de animais em Patos de Minas

Os casos de envenenamento de cães e gatos registrados no fim do ano passado e no início deste ano, em Patos de Minas, continuam gerando preocupação. Agora, a Delegacia de Vigilância Geral assumiu oficialmente o acompanhamento das ocorrências, e o delegado responsável pelos casos traz uma atualização sobre a situação.

As cenas fortes que causaram revolta na cidade, entre o fim de 2024 e o começo de 2025, foram enviadas por moradores de diversos bairros. Ao todo, quase 40 animais foram encontrados mortos pelas ruas — muitos jogados dentro de sacos de lixo e alguns apresentando sintomas de envenenamento, como sangramento pelo focinho, boca e orelhas.

Na época, a ativista Rosemary Aparecida Peres informou que as denúncias foram registradas junto à Polícia Civil e à Polícia Militar. Ela e outros tutores aguardavam por respostas das autoridades.

Agora, o caso está oficialmente sob a responsabilidade da Delegacia de Vigilância Geral, e o delegado Dr. Geraldo Rios assumiu o acompanhamento das investigações. Segundo ele, o trabalho da polícia tem sido contínuo e detalhado:

“A gente tem feito o levantamento, com investigadores que vão ao local, entrevistam pessoas e recolhem elementos de informação importantes para a apuração dos fatos”, explicou o delegado.

O envenenamento de animais é crime previsto pela Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), que estabelece pena de detenção e multa. A legislação, em vigor há 27 anos, ainda é frequentemente desrespeitada.

Estabelecimentos comerciais que vendem substâncias tóxicas sem controle também podem ser responsabilizados. Segundo o delegado:

“Na maioria das vezes, esses produtos são vendidos de forma inadequada.”, afirmou.

Mesmo sem novos registros recentes, o alerta continua. O monitoramento permanente, aliado à colaboração da população por meio do Disque-Denúncia, é considerado essencial para que casos como esses não se repitam.