Moradores do bairro Campos Elíseos denunciam carvoaria em Patos de Minas e pedem encerramento da atividade

Moradores do bairro Campos Elíseos denunciam uma carvoaria no local e afirmam que atividade tem gerado transtornos. A denúncia foi apresentada ao Codema na última reunião do conselho; e encaminhada posteriormente ao Ministério Público. Procurado, o proprietário do local informou que já havia se comprometido a encerrar as atividades, mesmo estando de acordo com a legalidade.

 

A denúncia foi apresentada na última quarta-feira (10) ao Codema, por moradores do bairro Campos Elíseos. No encontro, eles afirmaram que a carvoaria gera uma fumaça alta e causa transtornos à vizinhança. De acordo com o presidente do Codema, os moradores chegaram a procurar outros órgãos, como a Polícia de Meio Ambiente, IEF, e não obtiveram retorno. Por esse motivo, a denúncia foi apresentada ao conselho.

 

Os moradores também afirmam preocupação, visto que há vizinhos que fazem hemodiálise, sofrem com asma e bronquite; e há a preocupação com a saúde dessas pessoas. O pedido é para que fechassem a carvoaria e destruíssem de imediato os fornos lá existentes. Na reunião, foi apresentado ainda um abaixo assinado, com cerca de 400 assinaturas, de moradores do bairro Campos Elíseos e ainda dos bairros Residencial Gramado e Ipanema, em que todos afirmam ser afetados pela carvoaria.

 

Procurado, o proprietário do local, senhor Diomar Vicente Rodrigues, afirmou que desde o início, a carvoaria foi construída dentro da legalidade; que se trata de um projeto ecológico; há projeto de combate a incêndios, extintores em todos os pontos; alvará de funcionamento, autorização do Corpo de Bombeiro e IEF; que a madeira carbonizada é de eucalipto, comprada e com nota fiscal emitida, e que o material não gera fuligem. A fumaça emitida no ambiente é da água que sai dos fornos, durante a queima. Disse ainda que pela quantidade de fornos, sendo três em atividade, não geram dado ao meio ambiente e nem emitem substâncias tóxicas.

 

O dono informou ainda que, quando recebeu as primeiras reclamações, não foi procurado por nenhuma das instituições citadas, para ser ouvido. Entretanto, desde a primeira queixa dos moradores, se propôs a encerrar a carvoaria. Que para evitar transtornos até a queima total dos produtos, reduziu a produção de quatro para uma fornalha em atividade, justamente para diminuir a quantidade de fumaça no ambiente. Cada forno entra em queima por três dias e passa quatro em inatividade. Logo, demanda tempo para que o local seja fechado. O prazo previsto para que a atividade seja encerrada em definitivo é até 20 de maio.