Acusados de matar, atear fogo e ocultar cadáver são condenados a mais de 24 anos de reclusão
Terceiro envolvido no crime ainda se encontra foragido
Os acusados de matar, atear fogo e ocultar o corpo de Lázaro Roberto Borges foram condenados a mais de 24 anos de reclusão nesta quarta-feira (27), em Patos de Minas. Segundo o Ministério Público, o crime foi praticado por motivo fútil, meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
Em relação ao crime de homicídio qualificado, Clarice Batista Xavier foi condenada a 27 anos de reclusão em regime fechado e, conforme consta na sentença, foi considerada a líder do crime. O segundo réu, Gabriel Wester de Sousa Teles, foi condenado a 24 anos de reclusão em regime fechado. Ambos foram absolvidos dos crimes de sequestro e ocultação de cadáver.
O promotor Alessandro Rogério Dias de Oliveira avaliou de forma positiva o resultado do julgamento. De acordo com o representante do Ministério Público, o pedido de absolvição dos réus nos crimes de sequestro e ocultação de cadáver se deu em razão do crime de homicídio qualificado já englobar os outros dois.
O terceiro envolvido no crime ainda se encontra foragido. A defesa de Clarice, representada pelo promotor público Mateus Avelar, disse que o júri é soberano e que ainda discutirá com a cliente se irão recorrer da sentença.
Sobre o caso
Lázaro Roberto Borges foi sequestrado na própria residência, no bairro São José Operário, e levado para a região da Fazenda Berreiro, na zona rural de Patos de Minas. Segundo a Polícia Militar, uma denúncia anônima relatou que o homem havia sido agredido, sequestrado e morto pelos três envolvidos.
Em seguida, os militares foram informados de que Clarice e o namorado, Eduardo, que está foragido, seriam os autores do crime. A mulher foi abordada pela polícia, confessou o crime e explicou que decidiu matar Lázaro porque ele “mexia” constantemente com ela. Eduardo e Gabriel teriam sido responsáveis por render o homem.
A vítima foi amordaçada, teve os punhos e tornozelos amarrados e foi agredida. Em seguida, os denunciados foram para a zona rural. No local, Lázaro foi amarrado em um tronco de árvore que havia caído, quando Clarice pisoteou o órgão genital dele e desferiu três golpes de faca.
Após as agressões, Eduardo jogou álcool no corpo do homem. Eduardo e Clarice levaram a polícia até o local do crime, onde a vítima foi encontrada em estado de putrefação.