Médica que sequestrou bebê no HC-UFU é presa suspeita de mandar matar farmacêutica em Uberlândia
Investigações ligam médica ao assassinato da ex-mulher do seu ex-companheiro em 2020
Por: Redação PatosJá
Fonte: Polícia Civil - Isabella Sanches
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu nesta quarta-feira (5/11) três pessoas suspeitas de envolvimento no assassinato de uma farmacêutica em Uberlândia, no Triângulo Mineiro.Entre os presos está uma médica que ficou conhecida nacionalmente após sequestrar um bebê recém-nascido no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (HC-UFU), em 2024.
De acordo com as investigações, a médica seria a mandante do crime, ocorrido em 2020. Ela chegou a se casar com o ex-marido da vítima, mas o relacionamento durou apenas dois meses. O homem decidiu se separar ao perceber que a mulher apresentava comportamentos compatíveis com um possível transtorno de personalidade.
Segundo a Polícia Civil, a médica demonstrava um forte desejo de assumir a maternidade da filha que o ex-companheiro tinha com a farmacêutica. A situação gerou desconforto e levou a vítima a impedir que a criança tivesse contato com o pai sempre que ele estivesse acompanhado da nova esposa.
Após o fim do casamento, surgiram indícios de que a médica teria planejado o assassinato, motivada pelo desejo de retomar o relacionamento e assumir o papel de mãe da menina.
No dia do crime, a farmacêutica chegava ao trabalho quando foi surpreendida por um homem que lhe entregou uma carta e, em seguida, disparou várias vezes. Ela morreu no local. As investigações apontaram ainda que uma motocicleta com placa adulterada foi usada na ação. O veículo teria ligação com pessoas próximas à médica.
Outros dois suspeitos que teriam participado do crime também foram presos. Eles estavam em Uberlândia no dia do assassinato e apresentaram um álibi que foi comprovado como falso.
Durante as investigações do homicídio, a médica voltou a se envolver em outro crime grave: o sequestro de um bebê recém-nascido no Hospital de Clínicas da UFU, em 2024. O caso ganhou grande repercussão nacional e ela foi presa em flagrante, permanecendo à disposição da Justiça desde então.
As prisões desta quarta-feira ocorreram em Itumbiara (GO), durante uma operação conjunta das Polícias Civis de Minas Gerais e de Goiás. Os três suspeitos foram levados para o sistema prisional e permanecem à disposição da Justiça.