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Motorista e empresa de transportes são indiciados por mortes causadas na BR-116, em Teófilo Otoni

Investigação apontou que caminhoneiro estava sob efeito de drogas e álcool 

Por: Redação PatosJá

Fonte: Polícia Civil - Lorena Teixeira

Publicado em: 15:03 27-02-2025

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A Polícia Civil de Minas Gerais concluiu o inquérito sobre o acidente que deixou 39 mortos na BR-116, em Teófilo Otoni, em dezembro do ano passado. Conforme a investigação, o caminhão transportava 103 toneladas em pedras, cerca de 77% a mais que a capacidade, e estava em alta velocidade.

O caminhoneiro Arilton Bastos Alves e o dono da empresa responsável pelo transporte da carga foram indiciados pelas mortes. Além disso, a inquisição foi encaminhada ao Ministério Público de Minas Gerais, que deve decidir se o proprietário da empresa responsável pelo transporte será preso ou não.

Investigação apontou que caminhoneiro estava sob efeito de drogas e álcool 

Investigação

O Instituto de Criminalística da Polícia Civil de Minas Gerais, com apoio da Polícia Técnico Científica de São Paulo, apresentou um vídeo com uma simulação de como teria acontecido o acidente. Segundo o delegado Amaury Tomaz Tenório de Albuquerque, a velocidade do caminhão era de 97km/h.

“Acima de 60km, dado o peso de 103 toneladas, já seria provável e muito certo que isso aconteceria”, disse o delegado. 

Ainda foi confirmado que o motorista do caminhão, Arilton Bastos Alves, estava sob efeito de drogas e havia feito uso de cocaína, bebida alcoólica, ecstasy e remédio controlado. O delegado César Cândido informou que tanto o caminhoneiro como o dono da empresa responderão por homicídio e lesão corporal.

“Incorreram no crime de homicídio 39 vezes, porque são 39 vítimas, em concurso formal próprio”, ressaltou César Cândido.

Sobre o caso

Uma carreta bateu em um ônibus de turismo que transportava 45 pessoas e em um carro de passeio, com um motorista e dois passageiros. O ônibus, da empresa Emtram, havia saído de São Paulo no dia anterior, por volta das 7 da manhã, no terminal rodoviário do Tietê, e tinha como destino a Bahia.

No caso, foi comprovado que um grande bloco de granito se soltou da carroceria da carreta e atingiu o ônibus que seguia na rodovia, mas em sentido contrário. Logo após, o impacto da pedra com o ônibus causou um incêndio. Análises periciais identificaram 39 corpos, com idades entre 1 e 64 anos.
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