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STF volta a julgar legalidade da revista íntima nos presídios 

Moraes defende medida em casos excepcionais; Fachin é contra

Por: Redação PatosJá

Fonte: NTV - Lorena Teixeira

Publicado em: 16:07 11-02-2025

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O Supremo Tribunal Federal (STF) retomou nesta quarta-feira (12) o julgamento sobre a legalidade das revistas íntimas em presídios. Com um novo placar ainda polarizado, o ministro Edson Fachin votou para proibir a medida, enquanto Alexandre de Moraes defendeu que ela pode acontecer em casos excepcionais.  

O tema envolve a proteção dos direitos fundamentais das pessoas que visitam os presos, especialmente mulheres, que são expostas a se despir e ter as partes íntimas vistoriadas como condição para acesso aos presídios em dias de visita. Segundo o advogado Cássio Araújo, os visitantes ficam desnudos. 

“A pessoa fica nua e tem inspecionadas as suas cavidades íntimas, essa é a questão”, disse o advogado. 
Moraes defende medida em casos excepcionais; Fachin é contra

Posição

No julgamento do plenário virtual, a maioria dos ministros se posicionou contra a continuidade das revistas, considerando-as uma violação aos direitos fundamentais dos visitantes. No caso, Moraes entendeu que a revista íntima é legal dentro de circunstâncias especiais e necessárias. 

“Ele fala que seria permitido, sim, desde que não fosse de forma vexatória e com a concordância daquele visitante”, explicou Cássio. 

De acordo com o advogado, os ministros Nunes Marques, Dias Toffoli e André Mendonça também são favoráveis à legalidade da revista íntima. O Supremo ainda deve analisar as consequências da decisão para os direitos dos visitantes e as práticas de segurança que podem ser tomadas nos presídios.
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