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TJMG manda soltar homem acusado de matar pai e filha em Patos de Minas

Defesa mencionou problemas de saúde graves e solicitou perícia médica 

Por: Redação PatosJá

Fonte: TJMG - Lorena Teixeira

Publicado em: 9:28 31-01-2025

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Caso aconteceu no dia 25 de fevereiro do ano passado, em Patos de Minas

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) mandou soltar um homem acusado de matar pai e filha em Patos de Minas. A defesa de Paulo José da Silva, de 54 anos, conseguiu um habeas corpus sob a alegação de que ele estava preso preventivamente há mais de 274 dias sem a conclusão da instrução criminal. 

Além disso, mencionou problemas de saúde graves, como síndrome de Marfan e aneurisma de aorta abdominal. A defesa também solicitou uma perícia médica para apurar se a morte de uma das vítimas foi consequência direta do esfaqueamento ou se houve erro médico durante um tratamento hospitalar na época. 

O processo continua em trâmite e o acusado ainda deve sentar no banco dos réus. 

Sobre o caso 

O caso aconteceu no dia 25 de fevereiro do ano passado, no bairro Jardim Califórnia, em Patos de Minas. De acordo com a Polícia Civil, Paulo José foi até a casa das vítimas, o ex-cunhado Lindolfo Caixeta Nascentes, de 82 anos, e a filha, Lísia Maria Caixeta, de 48 anos, portadora de problemas cognitivos. 

A investigação apontou que a motivação do crime estaria ligada a desentendimentos devido a uma herança. Na época, Paulo José foi à casa das vítimas e entrou na cozinha onde estava o ex-cunhado. Enquanto Lindolfo pegava uma cadeira para o acusado, Paulo teria atacado Lísia Maria com três golpes de faca. 

A mulher morreu no local. Em seguida, Paulo José também teria atacado Lindolfo com uma facada no tórax, mas a lâmina da faca teria quebrado no corpo da vítima, momento em que os dois começaram uma luta corporal. Lindolfo conseguiu segurar o cabo da faca até a chegada da polícia na residência. 

O idoso foi socorrido em estado grave para o Hospital Regional Antônio Dias (HRAD), onde ficou internado e permaneceu sob cuidados médicos por 16 dias, mas não resistiu e faleceu. Diante disso, a defesa de Paulo José argumenta que ele não morreu devido à facada, mas por um erro médico do Regional.
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