Presidente da ALMG diz que não será intimidado por protestos atribuídos a extrema esquerda
O episódio reflete uma escalada de protestos ocorridos em várias regiões do estado, inclusive em Patos de Minas
O deputado estadual Tadeu Leite (MDB) publicou nota de repúdio após ato com vandalismo em Belo Horizonte, na tarde dessa terça-feira (4/11). Os manifestantes atearam fogo em pneus em frente a um prédio no bairro de Lourdes, durante ato contrário à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/2023, que retira a obrigatoriedade de referendo popular para a privatização da Copasa. A informação é do portal O Tempo.
De acordo com a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), os manifestantes usavam máscaras e roupas pretas. Até o momento, não há informações sobre detidos.
Por meio de nota, o presidente da Assembleia repudiou o ato e classificou os responsáveis como integrantes da “extrema esquerda”.
“Ninguém aguenta mais vandalismo no Brasil. A tentativa de algumas pessoas da extrema esquerda de intimidar a mim e à Assembleia não vai impedir que continuemos o nosso trabalho sério, independente, democrático e focado em resolver os problemas de Minas Gerais e do povo mineiro”, afirmou Tadeu Leite.
O episódio em Belo Horizonte reflete uma escalada de protestos coordenados em várias regiões do estado. Em cidades como Patos de Minas, Araxá e outras do Alto Paranaíba, grupos com o mesmo perfil vêm realizando panfletagens e manifestações em frente a gabinetes e escritórios de deputados que votaram a favor da proposta.
Na semana passada, em Patos de Minas, manifestantes se reuniram em frente ao gabinete da deputada estadual Lud Falcão (PODE), em protesto contra seu voto. Situações semelhantes ocorreram em outras cidades mineiras, em ações que vêm sendo classificadas por parlamentares como falta de diálogo dos manifestantes e tentativas de intimidação.
Dos 77 deputados estaduais, 52 votaram a favor da proposta, e muitos relatam estar sofrendo pressões e ataques nas redes sociais e em espaços públicos.
A PEC 24/2023, proposta pelo governador Romeu Zema (Novo), ainda precisa passar por nova votação no plenário da Assembleia para ser promulgada.