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Profissões antigas: alfaiate atravessa o tempo e sobrevive como arte rara 

Número de homens que compram terno feito sob medida diminuiu drasticamente 

Por: Redação PatosJá

Fonte: NTV - Lorena Teixeira

Publicado em: 18:28 15-07-2025

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Número de homens que compram terno feito sob medida diminuiu drasticamente 

O alfaiate é uma profissão que sobrevive como uma arte rara em um tempo de roupas feitas em série e com alta demanda de vendas online. Mesmo com todos os desafios, ainda há quem mantenha vivo o ofício de transformar tecidos em pura elegância.

Em Patos de Minas, Humberto Rocha, conhecido como “O Alfaiate”, guarda com orgulho o amor pelo ofício. O dom foi passado pelo irmão, já falecido, que atuava na profissão com peças feitas na medida e entregues aos clientes de forma conservada e em bom estado. 

“Eu fico feliz de que as pessoas me chamem de alfaiate, inclusive, poucas pessoas sabem o meu nome”, disse Humberto. 

Procura

Na década de 80, era comum ver homens com ternos feitos sob medida, mas o número foi reduzido drasticamente. A procura por ternos novos caiu e o aluguel para eventos aumentou. Agora, o trabalho é mais voltado a ajustes, barras e pequenos reparos. 

“Até o ano 2000 eu confeccionava terno, dificilmente você vai encontrar alguém na cidade que ainda faz um terno sob medida”, alegou o alfaiate.  

Humberto começou na profissão com 14 anos e continua exercendo o mesmo ofício por mais de cinco décadas. Mesmo aposentado, o alfaiate não deixou a máquina de costura de lado e pretende atuar na profissão para custear viagens e aproveitar a vida.
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