Profissões antigas: paixão do relojoeiro pelos ponteiros do tempo
Na era da pressa, o tempo do relojoeiro é de escuta, paciência e cuidado com as memórias

O primeiro relógio de muitas pessoas costuma ser um presente do avô, um símbolo de formatura ou apenas um acessório. O relógio é mais do que marcar as horas e quem entende bem é o relojoeiro, uma profissão antiga, mas que ainda resiste ao tempo.
A profissão surgiu na Idade Média, quando os relógios mecânicos começaram a ser produzidos de forma artesanal. Com o passar dos séculos, o ofício tornou-se um símbolo de precisão e paciência mesmo com a chegada dos digitais e smartwatches.
Centenário
O relojoeiro Patrick Martins começou na profissão trocando baterias quando surgiu a oportunidade de se aprofundar no ofício. De acordo com ele, a habilidade vai além de consertar relógios e pulseiras, é um trabalho glorioso e, por isso, é centenário.
“Normalmente, os relógios têm uma história e a pessoa quer eternizar o relógio com ela. Ao invés de deixar na gaveta, nós preservamos a história”, disse Patrick.
Sensibilidade
Na bancada de Patrick, possuem marcas conhecidas e relíquias raras. Para não ficar atrás, o relojoeiro aprendeu a lidar com diferentes modelos, como os automáticos, de corda, de parede e de bolso, mostrando que, além de sensibilidade, tem muita técnica.
“A minha profissão é a minha vida, a partir do momento que amamos o que fazemos, o dinheiro é consequência”, destacou o relojoeiro.
Na era da pressa, o tempo do relojoeiro é outro: o da escuta, da paciência e do cuidado. Muitos clientes buscam restauração, não só de peças, mas de lembranças. Enquanto os ponteiros giram, Patrick segue ajustando engrenagens e resgatando memórias.
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