Funcionário é preso e cinco são investigados por golpe de R$ 27 milhões em Carmo do Paranaíba
Influencer digital da cidade também é suspeita de ter recebido parte do desvio milionário

Um funcionário, que atuava como assistente financeiro de uma fazenda em Carmo do Paranaíba, foi preso e cinco pessoas estão sendo investigadas por um desvio milionário. Segundo a delegada Mariana Lemos, o flagrante ocorreu na última quinta-feira (16).
“Nós recebemos as informações do flagrante do furto qualificado, aí verificamos que existia mais de uma pessoa envolvida. Então, em razão dessa organização criminosa e da possível prática de lavagem de dinheiro, instauramos uma investigação”, disse a encarregada.
Apreensão
Até o momento, foi apurado que o funcionário trabalhava para o fazendeiro há mais de 20 anos, mas que os desvios teriam começado apenas há cerca de três anos. Durante a operação, realizada nesta quarta-feira (22), foram apreendidos diversos bens de valor.
Além disso, foi presa uma investigada que tem ligação direta com o indivíduo. De acordo com a delegada, uma influencer digital da cidade também é suspeita de ter recebido o dinheiro. As informações são de que teriam sido desviados mais de R$ 27 milhões.
“Vai ser feito um levantamento e uma análise detalhada dos extratos bancários para verificar a ação exata, qual quantia a vítima teve de prejuízo patrimonial”, informou Mariana.
Também foi apreendido um carro de luxo de posse do funcionário. Conforme a Polícia Civil, existe uma grande diferença no patrimônio declarado dos envolvidos e no patrimônio que os mesmos ostentavam. Os familiares da vítima relataram não ter suspeitado do trabalhador.
“A informação passada para nós era de que o investigado era muito calado e tinha uma relação de confiança muito grande. Era ele quem cuidava das finanças e orçamentos da empresa”, indicou a delegada.
Medidas
A promotora de Justiça, Thalita Célia, disse que foram realizadas diversas medidas cautelares, como a prisão de mais uma suspeita, o levantamento de sigilo bancário, busca e apreensão na residência dos indivíduos e a apuração do envolvimento de outras pessoas.
“A pena inicial do furto qualificado é de quatro anos, contudo, como esse caso é de extrema gravidade e, considerando o prejuízo patrimonial da vítima, a pena pode ter um patamar elevado em caso de condenação”, ressaltou Thalita.
Vale destacar que o suspeito nega qualquer irregularidade e afirma que as transferências se referem a despesas rotineiras das fazendas. O inquérito segue em andamento e novas oitivas devem ocorrer nos próximos dias.
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