MPMG investiga grupo suspeito de fingir ser advogados de escritórios para aplicar golpes
Organização criminosa utilizava dados de processos judiciais e informações de redes sociais
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) iniciou a operação “Exame da Ordem” com o intuito de investigar uma organização criminosa que se passava por advogados e escritórios de advocacia para aplicar golpes em clientes de diversas regiões do país.
Conforme o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Cibernético (GAECIBER), foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão, expedidos pela 2ª Vara de Garantias Criminais da Comarca de Belo Horizonte.
As investigações apontaram que os criminosos utilizavam dados de processos judiciais e informações de redes sociais. O grupo entrava em contato com as vítimas, alegando haver custos processuais ou taxas de agendamento em aberto e solicitavam Pix.
Durante a operação, duas pessoas foram presas. Além disso, os agentes apreenderam dois notebooks e, aproximadamente, R$ 14 mil em espécie. No total, cinco pessoas estão sendo investigadas. A ação também está ocorrendo no Ceará e em Santa Catarina.
Alerta
O promotor André Salles alertou para que a população não caia em golpes cibernéticos e pesquise sobre as empresas antes de realizar pagamentos ou fornecer dados. As vítimas só percebiam o golpe quando entravam em contato com o verdadeiro escritório.
“Sempre confira o destinatário da mensagem e evite fazer Pix solicitados de forma açodada. Vá ao “ConfiraADV”, site lançado pela OAB e, também, nos próprios portais da OAB dos estados, para confirmar os nomes dos advogados cadastrados”, ressaltou Salles.
A operação recebeu o nome “Exame da Ordem” em referência à forma como os criminosos se apresentavam, simulando ter vínculo com advogados inscritos na OAB. A identidade dos presos não foi divulgada e, por isso, não foi possível localizar a defesa deles.
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