Mãe denuncia falta de estrutura para acolhimento de filho autista na escola Caic
Janaína não conseguiu vaga na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE)
Uma mãe denunciou dificuldades enfrentadas pelo filho na Escola Municipal Professor Aristides Memória (Caic). Janaína Cristina de Araújo alegou que funcionários pediram que a criança fosse medicada antes de ir para a aula e a aconselharam a tirá-la do colégio.
“Eles querem que eu dê medicação para ele na hora em que ele vai para a escola, mas eu não vou mudar de horário porque a medicação dopa ele. Se meu filho ficar dopado, ele vai ficar dentro da minha casa”, disse Janaína.
De acordo com a mulher, a escola não possui estrutura e profissionais adequados para receber crianças atípicas, como o filho dela, de apenas cinco anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno Desafiador de Oposição (TOD).
“Eu não vou tirar o meu filho da escola, ele tem o direito de estar lá como todos têm. Se ele não tem capacidade de estar com os outros alunos, então deveriam mandá-lo para o lugar certo”, destacou a mulher.
Apoio
Janaína Cristina informou que não conseguiu vaga para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), assim como não tem apoio do Serviço Único de Saúde (SUS), como o acesso à terapia e à fonoaudiologia. O objetivo dela é não privar o filho dos estudos.
“Eu queria muito que me ajudasse, eu não tenho condições e a escola não tem estrutura para ensinar o meu filho, eles só reclamam dele”, contou a mãe.
Em nota, a Prefeitura de Patos de Minas disse que Janaína, assim como outras famílias que passam pela mesma situação, deve procurar atendimento no Núcleo de Apoio à Inclusão, na sede da Secretaria Municipal de Educação, localizada no Centro do município.
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