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Ana Clara é condenada a 12 anos por atrair jovem para emboscada que terminou em morte em Patos de Minas

Crime ocorreu em maio deste ano; dois adolescentes envolvidos continuam reclusos

Por: Redação PatosJá

Fonte: NTV -Isabella Sanches

Publicado em: 18:09 17-11-2025

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Crime ocorreu em maio deste ano; dois adolescentes envolvidos continuam reclusos

Ana Clara Porto Neves, de 20 anos, foi condenada a 12 anos de prisão pelo Tribunal do Júri de Patos de Minas. Ela foi apontada pela investigação como a responsável por atrair Matheus Júnio Caetano Silva, conhecido como “Smigol”, para o local onde ele acabou morto a tiros. O julgamento ocorreu nesta segunda-feira (17), no Fórum Olympio Borges.


De acordo com o processo, que tramitou sob segredo de justiça por envolver menores, Ana Clara teria marcado um encontro com Matheus nas primeiras horas do dia 15 de maio de 2025. A vítima foi localizada caída na Avenida Ronaldo Fernandes de Sousa, já sem vida, com ferimentos graves na região da cabeça. Peritos contabilizaram quatro perfurações provocadas por disparos de arma de fogo.


A Polícia Militar esteve no local após ser acionada pelo SAMU. Uma pequena porção de cocaína foi encontrada ao lado do corpo, mas não foram recolhidos estojos ou projéteis na área. Inicialmente, nenhum morador relatou ter visto a ação.


Durante as investigações, a Polícia Civil concluiu que dois adolescentes aguardavam Matheus no ponto marcado e que um deles teria efetuado os disparos. A jovem teria organizado toda a emboscada. Ela foi presa alguns dias depois do crime, enquanto os dois menores foram apreendidos e permanecem em medida socioeducativa.


No julgamento desta segunda-feira, os jurados reconheceram a qualificadora de recurso que dificultou a defesa da vítima, mas rejeitaram as acusações de motivo fútil e de corrupção de menores. Com a sentença definida, Ana Clara deixou o plenário diretamente para o Presídio de Presidente Olegário, onde cumprirá pena em regime fechado.


Após a condenação, o defensor público que representou Ana Clara afirmou que considera a pena elevada e estuda a possibilidade de recorrer, embora tenha reconhecido que a decisão final será tomada após análise completa da sentença.


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